quarta-feira, 4 de novembro de 2009

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Conjunção

Assim como as preposições ligam duas palavras entre si, estabelecendo entre elas determinadas relações, as conjunções, ligam orações ou termos com a mesma função sintática.

Chama-se de conjunção o conectivo (palavra ou locução) que liga duas orações ou dois termos semelhantes de mesma oração. Isso pode ser feito por coordenação, quando as orações ou termos da oração são sintaticamente independentes, ou por subordinação, quando uma das orações interligadas ( a subordinada) depende da outra ( a principal) para completar seu sentido.
Há também as chamadas locuções conjuntivas, formadas pela partícula QUE precedida por advérbios, preposições ou particípios (ANTE, QUE, DESDE QUE, DADO QUE, ETC).
As conjunções coordenativas dividem-se em cinco tipos:
(1) Aditivas, que expressam idéia de soma: “O trabalho gera riqueza e produz alegria.” “Não hesitaremos nem desistiremos.”
(2) Adversativas, que relacionam elementos contrastantes: “Foi a Roma, mas não viu o papa.”
(3) Alternativas, que relacionam elementos excludentes: “Dinheiro demais ou é benção ou maldição.” ”Quer queira, quer não queiras, irás comigo.”
(4) Conclusivas, que exprimem idéia de conclusão: “Estudou bastante, logo deve ser aprovado.”
(5) Explicativas, que exprimem explicações, motivo: “Não vás, porque te arrependerás.”

A Nomenclatura Gramatical Brasileira reconhece dez tipos de conjunções subordinativas:
(1) Integrante, que encabeçam orações que servem de sujeito, objeto, complemento nominal, predicativo ou aposto a outra: “É necessário que acabemos logo.” “Não sei se isto é válido.”
(2) Causais, que justificam o exposto na oração anterior: “Os preços caíram porque cresceram as importações.” “Por que não vais a ele, se é tão amigo teu?”
(3) Concessivas, que indicam um fato contrário à ação principal, mas insuficiente para anulá0la: “Instituiu em sair, embora fosse tarde.”
(4) Condicionais (se, caso, contanto que, etc.), que põem a oração subordinada em relação de condição, hipótese ou suposição para com a principal: “Caso viaje, não poderei estar contigo.”
(5) Conformativas, que exprimem a conformidade da oração subordinada com a principal: “Esses dados, conforme já anunciado, são falsos.”
(6) Finais, que indicam orações indicativas da finalidade da principal: “Fale baixo, para que Marta não acorde.”
(7) Proporcionais, que introduzem orações nas quais menciona-se na subordinada um fato realizado ou a realizar-se simultaneamente com o da principal: “À medida que a cidade crescer, mais difícil será resolver seu problemas.”
(8) Temporais, que iniciam uma oração subordinada indicadora de circunstância de tempo: “Quando estiveres irado, conta até dez.” “Mal chegou, foi começando a gritar.”
(9) Comparativas, que ligam à principal uma subordinada que encerra comparação: “Nada é mais caro que a ignorância.”
(10) Consecutivas, que iniciam uma oração na qual se indica conseqüência do que foi declarado na anterior: “Trabalhe sério, de modo que o respeitem.”

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Figuras de Linguagem

Figuras de linguagem são estratégias literárias que o escritor pode aplicar no texto para conseguir um efeito determinado na interpretação do leitor. São formas de fundeência expressão mais localizadas em comparação às Funções da linguagem, que são características globais do texto. Podem relacionar-se com aspectos semântica semânticos, fonologia fonológicos ou sintaxesintáticos das palavras afetadas.São recursos que tornam mais expressivas as mensagens. Subdividem-se em figuras de som, figuras de construção, figuras de pensamento e figuras de palavras.

Figuras de som

a) ALITERAÇÃO: Consiste na repetição ordenada de mesmos sons consonantais.
Ex: "Esperando, parada, pregada na pedra do porto."

b) ASSONÂNCIA: Consiste na repetição ordenada de sons vocálicos idênticos.
Ex: "Sou um mulato nato no sentido lato mulato democrático do litoral."

c) PARONOMÁSIA: Consiste na aproximação de palavras de sons parecidos, mas de significados distintos.
Ex: "Eu que passo, penso e peço."

d) ONOMATOPEIA: É uma figura de linguagem na qual se imita um som com um fonema ou palavra. Ruídos, gritos, canto de animais, sons da natureza, barulho de máquinas, o timbre da voz humana fazem parte do universo das onomatopeia.
Ex: Toc,Toc,Toc. Bateram na Porta.

Figuras de construção

a) ELIPSE: Consiste na omissão de um termo facilmente identificável pelo contexto.
Ex: "Na sala, apenas quatro ou cinco convidados." (omissão de havia)

b) ZEUGMA: Consiste na elipse de um termo que já apareceu antes.
Ex: Ele prefere cinema; eu, teatro. (omissão de prefiro)

c) POLISSÍNDETO: Consiste na repetição de conectivos ligando termos da oração ou elementos do período.
Ex: " E sob as ondas ritmadas e sob as nuvens e os ventos e sob as pontes e sob o sarcasmo e sob a gosma e sob o vomito (...)"

d) INVERSÃO: Consiste na mudança da ordem natural dos termos na frase.
Ex: "De tudo ficou um pouco. Do meu medo. Do teu asco."

e) silepse: Consiste na concordância não com o que vem expresso, mas com o que se subentende, com o que está implícito.
A silepse pode ser:
De gênero Ex: Vossa Excelência está preocupado.

• De número Ex: Os Lusíadas glorificou nossa literatura.

• De pessoa Ex: "O que me parece inexplicável é que os brasileiros persistamos em comer essa coisinha verde e mole que se derrete na boca."

f) ANACOLUTO: Consiste em deixar um termo solto na frase. Normalmente, isso ocorre porque se inicia uma determinada construção sintática e depois se opta por outra.
Ex: A vida, não sei realmente se ela vale alguma coisa.

g) PLEONASMO: Consiste numa redundância cuja finalidade é reforçar a mensagem.
Ex: "E rir meu riso e derramar meu pranto."

h) ANÁFORA: Consiste na repetição de uma mesma palavra no início de versos ou frases.
Ex: " Amor é um fogo que arde sem se ver; É ferida que dói e não se sente; É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer"

Figuras de pensamento

a) ANTÍTESE: Consiste na aproximação de termos contrários, de palavras que se opõem pelo sentido.
Ex: "Os jardins têm vida e morte."

b) IRONIA: É a figura que apresenta um termo em sentido oposto ao usual, obtendo-se, com isso, efeito crítico ou humorístico.
Ex: "A excelente Dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças."

c) EUFEMISMO: Consiste em substituir uma expressão por outra menos brusca; em síntese, procura-se suavizar alguma afirmação desagradável.
Ex: Ele enriqueceu por meios ilícitos. (em vez de ele roubou)

d) HIPÉRBOLE: Trata-se de exagerar uma ideia com finalidade enfática.
Ex: Estou morrendo de sede. (em vez de estou com muita sede)

e) PROSOPOPEIA OU PERSONIFICAÇÃO: Consiste em atribuir a seres inanimados predicativos que são próprios de seres animados.
Ex: O jardim olhava as crianças sem dizer nada.

f) GRADAÇÃO OU CLÍMAX: É a apresentação de ideias em progressão ascendente (clímax) ou descendente (anti clímax)
Ex: "Um coração chagado de desejos Latejando, batendo, restrugindo."

g) APÓSTROFE: Consiste na interpelação enfática a alguém (ou alguma coisa personificada).
Ex: "Senhor Deus dos desgraçados! Dizei-me vós, Senhor Deus!"

Figuras de palavras

a) METÁFORA: Consiste em empregar um termo com significado diferente do habitual, com base numa relação de similaridade entre o sentido próprio e o sentido figurado. A metáfora implica, pois, uma comparação em que o conectivo comparativo fica subentendido.
Ex: "Meu pensamento é um rio subterrâneo."

b) METONÍMIA: Como a metáfora, consiste numa transposição de significado, ou seja, uma palavra que usualmente significa uma coisa passa a ser usada com outro significado. Todavia, a transposição de significados não é mais feita com base em traços de semelhança, como na metáfora. A metonímia explora sempre alguma relação lógica entre os termos.
Observe: Ex: Não tinha teto em que se abrigasse. (teto em lugar de casa)

c) CATACRESE: Ocorre quando, por falta de um termo específico para designar um conceito, torna-se outro por empréstimo. Entretanto, devido ao uso contínuo, não mais se percebe que ele está sendo empregado em sentido figurado.
Ex: O pé da mesa estava quebrado.

d) ANTONOMÁSIA OU PERÍFRASE: Consiste em substituir um nome por uma expressão que o identifique com facilidade:
Ex: "...os quatro rapazes de Liverpool (em vez de os Beatles)"

e) SINESTESIA: Trata-se de mesclar, numa expressão, sensações percebidas por diferentes órgãos do sentido.
Ex: A luz crua da madrugada invadia meu quarto.

Vícios de linguagem, a gramática é um conjunto de regras que estabelecem um determinado uso da língua, denominado norma culta ou língua padrão. Acontece que as normas estabelecidas pela gramática normativa nem sempre são obedecidas pelo falante. Quando o falante se desvia do padrão para alcançar uma maior expressividade, ocorrem as figuras de linguagem. Quando o desvio se dá pelo não-conhecimento da norma culta, temos os chamados vícios de linguagem.

a) BARBARISMO: Consiste em grafar ou pronunciar uma palavra em desacordo com a norma culta. Ex: pesquiza (em vez de pesquisa) prototipo (em vez de protótipo)

b) SOLECISMO: Consiste em desviar-se da norma culta na construção sintática.
Ex: Fazem dois meses que ele não aparece. (em vez de faz ; desvio na sintaxe de concordância)

c) AMBIGUIDADE OU ANFIBOLOGIA: Trata-se de construir a frase de um modo tal que ela apresente mais de um sentido.
Ex: O guarda deteve o suspeito em sua casa. (na casa de quem: do guarda ou do suspeito?)

d) CACÓFATO: Consiste: no mau som produzido pela junção de palavras.
Ex: Paguei cinco mil reais por cada.

e) PLEONASMO: Consiste na repetição desnecessária de uma ideia.
Ex: A brisa matinal da manhã deixava-o satisfeito.

f) NEOLOGISMO: É a criação desnecessária de palavras.
Ex: Segundo Mário Prata, se adolescente é aquele que está entre a infância e a idade adulta, envelhescente é aquele que está entre a idade adulta e a velhice.

g) ARCAÍSMO: Consiste na utilização de palavras que já caíram em desuso.
Ex: Vossa Mercê me permite falar? (em vez de você)

h) ECO: Trata-se da repetição de palavras terminadas pelo mesmo som.
Ex: O menino repetente mente alegremente.

PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO

Períodos compostos por coordenação são os períodos que, possuindo duas ou mais orações, apresentam orações coordenadas entre si. Cada oração coordenada possui autonomia de sentido em relação às outras, e nenhuma delas funciona como termo da outra. As orações coordenadas, apesar de sua autonomia em relação às outras, complementam mutuamente seus sentidos. A conexão entre as orações coordenadas podem ou não ser realizadas através de conjunções coordenativas. Sendo vinculadas por conectivos ou conjunções coordenativas, as orações são coordenadas sindéticas.

Não apresentando conjunções coordenativas, as orações são chamadas orações coordenadas assindéticas.
Orações Coordenadas Assindéticas: São as orações não iniciadas por conjunção coordenativa.
Ex. Chegamos a casa, tiramos a roupa, banhamo-nos, fomos deitar.

Orações Coordenadas Sindéticas: São cinco as orações coordenadas, que são iniciadas por uma conjunção coordenativa.

A) ADITIVA: Exprime uma relação de soma, de adição. Conjunções: e, nem, mas também, mas ainda.
Ex: Não só reclamava da escola, mas também atenazava os colegas.

B) ADVERSATIVA: exprime uma idéia contrária à da outra oração, uma oposição. Conjunções: mas, porém, todavia, no entanto, entretanto, contudo.
Ex: Sempre foi muito estudioso, no entanto não se adaptava à nova escola.

C) ALTERNATIVA: Exprime idéia de opção, de escolha, de alternância. Conjunções: ou, ou...ou, ora... ora, quer... quer.
Ex: Estude, ou não sairá nesse sábado.

D) CONCLUSIVA: Exprime uma conclusão da idéia contida na outra oração. Conjunções: logo, portanto, por isso, por conseguinte, pois - após o verbo ou entre vírgulas.
Ex: Estudou como nunca fizera antes, por isso conseguiu a aprovação.

E) EXPLICATIVA: Exprime uma explicação. Conjunções: porque, que, pois - antes do verbo.
Ex. Conseguiu a aprovação, pois estudou como nunca fizera antes

Veja, pode tirar mais alguma duvida:
http://www.youtube.com/watch?v=FqC4W0WCVAA

http://www.youtube.com/watch?v=mj52m2GSJqw

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Ortografia Básica

O EMPREGO DE A E HÁ

a) A - Artigo ou preposição. Funciona como pronome pessoal. (tempo futuro, locomoção, espaço)

Exs.:
A vida tem dessas coisas. (artigo)
Daqui a duas semanas, viajaremos. (
preposição)
Eu a vi ontem. (
pronome)

b) - Sentido de existir. Indica tempo passado.

Exs.:
Há várias soluções para esse problema. (sentido de existir)
Há anos que não o vejo. (sentido de tempo passado)



O EMPREGO DE MAL E MAU

a) MAL - (subst./adv.) - equivale a BEM

b) MAU - (adjetivo/ subst.) - equivale a BOM

Exs.:
O mal da sociedade é a falta de união. (substantivo)
Ele chegou de mau-humor. (adjetivo)
Fala bem, mas escreve tão mal. (advérbio)
Liguei para casa, mal cheguei ao hotel. (conjunção)



O EMPREGO DE MAIS E MAS

a) MAIS - É um advérbio de intensidade.

Exs.:
Sua riqueza cresce cada dia mais.
É mais difícil fazer do que criticar.
Seu apartamento não vale mais 50 mil reais. (limite)


b) MAS - Indica idéia contrária, adversidade. É uma conjunção.

Exs.:
Os operários exigiam aumentos, mas não foram atendidos.
É bondoso, mas não o demonstra.



O EMPREGO DE ONDE E AONDE

a) ONDE - Com verbos que exigem a preposição em, indicam permanência (morar, ficar, permanecer, etc).

Exs.:
- Onde todos devem permanecer?
- Onde quiserem!
- Por onde caminhávamos, havia muitos atletas.
(preposição mais verbo de movimento)

b) AONDE - com verbos que exigem a preposição a, indicam movimentos (ir, chegar, dirigir-se, etc.).

Exs.:
Aonde foi o teu irmão?
Aonde você vai há um telefone público?




O EMPREGO DE TRAZ E TRÁS

a) TRAZ - É do verbo trazer da 3ª pessoa do singular do Presente do Indicativo.

Ex.:
Alice, traz esses documentos que estão sobre a mesa.

b) TRÁS - É preposição com variantes: atrás, detrás (advérbio).

Ex.:
Vá Alice, mas não olhe para trás.



O EMPREGO DOS PORQUÊS

1) POR QUE - é pronome interrogativo ou relativo.

a) Usado em início de frases interrogativas é pronome interrogativo:

Exs.:
Por que há violência entre os homens?
Por que há maldade nos corações humanos?

b) Usado quando significar motivo ou razão é pronome relativo:

Exs:
Não sei por que não deu certo. (às vezes, equivale a pelo qual e flexões)
Eis a rua por que passa todos os dias.

2) PORQUE - usado como conjunção para indicar causa ou explicação:

Exs.:
Não deu certo porque não trabalhamos. (equivale a pois - explicação)
Não vim porque estava muito cansado.

3) PORQUÊ - usado apenas quando funcionar como substantivo:

Exs:
No Congresso, discutiu-se algum porquê da guerra. (há um artigo ou pronome antes dele)
Quero saber o porquê de sua ausência.

4) POR QUÊ - usado no final de frases interrogativas ou com sinal de pontuação:

Exs.:
Ela me fez isso por quê, se eu a amo tanto?
Há tanta fome no mundo, por quê?



O EMPREGO DE VIAGEM E VIAJEM

a) VIAGEM - substantivo (ato de ir de um lugar para outro).

Ex.:
A viagem dos excursionistas para Santos será domingo.

b) VIAJEM - 3ª pessoa do plural do Presente do Subjuntivo do verbo viajar - (fazer viagem)

Ex.:
Acredito que os excursionistas viajem domingo para Santos.

Frase, Oração e Período

FRASE
É o enunciado que tem sentido completo, capaz de fazer uma comunicação.
Na frase é facultativo (não obrigatório) o uso do verbo.
Exemplos:

- Atenção!

- Que frio!

- A China passa por dificuldades.

Classificação:
Frases declarativas: após a constatação de um fato, o emissor faz uma declaração.
Os olhos luziam de muita vida

Frases interrogativas: as que transmitem perguntas;
Entro num drama ou saio de uma comédia?

Frases exclamativas: as que possuem exclamação;
Que imenso poeta, D. Guiomar!

Frases imperativas: as que expressam ordens; proibições; conselhos.
Chegue-se mais perto…

· E ainda há mais dois grupos secundários:

Frases optativas: o emissor expressa um desejo
Quero comer picolé.

Frases imprecativas: o emissor expressa uma súplica através de maldição.
Que um raio caia sobre minha cabeça.

ORAÇÃO
É o enunciado com sentido que se estrutura com base em um verbo.
Na oração é preciso usar verbo ou locução verbal.
Exemplos:

- A fábrica, hoje, produziu bem.

- Homens e mulheres são iguais perante a lei.

PERÍODO
É a oração composta por um ou mais verbos.

Classificação:
Simples: tem apenas uma oração.

- As senhoras como se chamam?

Composto: tem duas ou mais orações.

- Um deles perguntou-lhes familiarmente se iam consultar a adivinha.